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O Raspberry Pi Zero W é o segundo da família "Zero", lançado em fevereiro de 2017 (portanto, não é nenhuma novidade). E vejam só, nunca pensei que o Raspberry caberia em um projeto de automação tão bem quanto o projeto atual em que estou.
Precisando monitorar duas caixas d'água com conectividade WiFi, rodando em si um broker MQTT, servidor DNS, servidor DHCP, MQTT client e um programa escrito em Python, não pude pensar em nada melhor. O Raspberry Pi Zero W conta com recursos sob medida.
Wireless 802.11 b/g/n LAN Bluetooth 4.1 Bluetooth Low Energy (BLE) 1GHz, single-core CPU 512MB RAM Mini HDMI e USB On-The-Go Micro USB para alimentação 40 pinos de GPIO seguindo o padrão dos demais Conector de câmera CSI
Com isso, fica fácil e rápido implementar o projeto, controlando relés, oferecendo conexão mesmo sem Internet, comunicação entre os 2 Raspberry (lado A e lado B), resolução de nome para o aplicativo Android. Tudo em um computador que passa despercebido no bolso! E vale mesmo a pena ter um Raspberry Pi Zero W?
Bem, eu tenho uma pequena coleção, com 2 RPi 1, 1 RPI 2, 1 RPi 3 e agora, o RPI Zero W. Para mim, obviamente era uma necessidade. Mas talvez não seja tão agradável para muitas pessoas, porque o primeiro obstáculo é a necessidade de um cabo mini HDMI. Eu já tinha um para fazer interface com meu ultrabook, portanto não tive que me preocupar com isso. Mas acontece que a porta micro USB OTG é, bem, "micro". Daí eu tinha poucas opções; comprar um HUB USB micro USB para USB, comprar um adaptador micro USB para USB ou comprar um teclado com conector micro USB. Optei pela última, por custar menos de 1/10 do preço do RPi Zero W e vejam só, mais barato que qualquer adaptador no Mercado Livre. O teclado é esse da imagem em destaque, feito para tablet, embutido na capa. Achei uma excelente aquisição e recomendo.
A outra questão é que não tem mais porta nenhuma, atualizando esse artigo, tem o lugar para soldar na placa, mas o case oficial não tem saída para o conector e ainda acho isso uma limitação porque poucas pessoas vão querer mexer com ferro de solda para adicionar o conector. Nesse caso, a opção principal continua sendo o mini HDMI, que tem um custo maior e na Banânia só encontramos em tamanho grande. Eu tenho um monitor HDMI de 7 polegadas que estou utilizando no meu RPi 3, que é meu servidor DNS, broker MQTT etc. Nesse caso, só me restou mesmo a opção de utilizar um OLED recebendo uma TTY, de modo a utilizá-lo como terminal. Claro que devido à limitação do tamanho, só consigo exibir 3 linhas de 23 caracteres, mas pelo menos consigo ter um display para utilizar o RPi sem conectar a um monitor HDMI permanentemente. Claro que para a configuração será necessário ter um monitoir HDMI (ou ligar à TV), mas depois disso, dá pra andar só com o RPi dentro da capa.
O case oficial é lindo, vem com 3 tampas; uma com um furo em cima, uma lisa e uma que expõe os GPIO. Optei por expor os GPIO, já que eu os utilizo. Já na questão do cartão micro SD tem outro problema; é bom configurar o RPi fora do case para ter facilidade de manipular o cartão na eventualidade de um problema, porque para encaixá-lo no case é necessário um certo cuidado e se precisar retirar o cartão micro SD, será necessário desencaixar a placa.
Esse RPi definitivamente não é um dispositivo para games, se você quer RPi pra fazer um brinquedo, esqueça-o. Agora, se for utilizar para minimizar espaço e contar com mais recursos que qualquer MCU, ele é sem dúvida o ideal. Já em relação ao custo, está muito próximo de um RPi 3, por isso ele tem que casar com sua necessidade, caso contrário, melhor ir diretamente para um RPi 3.
Utilizei nele o Raspbian, assim como utilizo em outras versões, desse modo tenho os mesmos recursos de sistema como o gerenciador de pacotes apt, a mesma estrutura de configuração e conectividade, tendo em mente que a maior limitação dessa versão é a memória RAM. Não recomendo, mas no pior dos casos pode-se utilizar uma swap e expandir a memória, mas se realmente você vai precisar de mais memória, outra vez, recomendo que vá direto para o RPi 3.
Clicando alí em cima no menu Raspberry você encontrará um artigo explicando como configurar o display OLED no RPi, assim como proteger o cartão micro SD de eventuais falhas. Agora vou brincar um pouco com ele e se surigir alguma ideia para artigo, coloco por aqui!
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Autor do blog "Do bit Ao Byte / Manual do Maker".
Viciado em embarcados desde 2006.
LinuxUser 158.760, desde 1997.